Projeto “Fruta é bom demais” é expandido para as Escolas Municipais de Educação Fundamental

Agência Aracaju de Notícias
24/10/2018 09h15

Em um país marcado pela desigualdade social, garantir dentro das unidades de ensino um projeto alimentar que leve dignidade e saúde é imprescindível. Por isso, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Educação (Semed), está ampliando o projeto “Fruta é bom demais”, que disponibiliza e busca conscientizar os estudantes sobre a importância de uma alimentação saudável, para os alunos de ensino fundamental, após constatar o sucesso com os pequenos matriculados nas unidades infantis. 
 
Propor uma alimentação saudável nas escolas é uma determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por ser consenso a necessidade de uma boa alimentação para um melhor desempenho de aprendizagem. Desta forma, está dentro das atribuições dos nutricionistas que trabalham com alimentação escolar realizar projetos de educação nutricional, dando o apoio técnico necessário nas unidades de ensino e promovendo um projeto pedagógico na área.

Foi com essas diretrizes que surgiu o “Fruta é bom demais”, trabalhado nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) em 2017 e ampliado neste ano para as Escolas Municipais de Educação Fundamental (Emefs). “No ano passado, as unidades de ensino infantil foram o foco, esse ano trabalhamos também com o ensino fundamental, buscando incentivar uma alimentação mais saudável e apontando a importância de consumir o cardápio escolar, pois nas visitas às escolas notamos que muitos escolhem por comer fora das unidades, o que geralmente ocasiona consumos não saudáveis. Além disso, procuramos reforçar a segurança alimentar, pois não podemos garantir que aquele alimento adquirido fora do ambiente escolar está apto para o consumo”, explica a coordenador da Alimentação Escolar, Joice Barbosa. 
 
Todas as unidades escolares da rede municipal oferecem no mínimo três vezes por semana em seu cardápio frutas in natura. O projeto visa ressaltar a importância de consumir esses alimentos. Para obter êxito o trabalho é feito de maneira lúdica e dinâmica, evitando cansar os alunos e atrapalhar o calendário acadêmico. Além disso, toda a comunidade escolar é envolvida, funcionários, alunos e responsáveis. 
 
Os hábitos alimentares são trabalhados através de um questionário aplicado. O teste de aceitabilidade dá o panorama para a confecção do cardápio para o ano posterior. Também é possível compreender as especificidades de cada região. Ou seja, qual é a preferência alimentar cultural de uma escola no Santa Maria e no Centro, por exemplo.
 
No caso específico da expansão da iniciativa para alunos mais experientes, novas abordagens podem ser feitas, uma vez que eles conseguem reter informações mais elaboradas. “A vantagem de trabalhar com alunos mais velhos é o seu poder de compreensão, que torna mais fácil internalizar a informação e disseminá-la, pois eles entendem o porquê da importância de consumir frutas para sua segurança alimentar e nutricional. Além disso, eles têm mais coragem de criticar e expor suas opiniões, o que nos permite melhorar”, ressalta Joice. 
 
O teste anterior de aceitabilidade, utilizado para o preparo do cardápio de 2018, trouxe, por exemplo, o bolinho de batata doce, que foi testado e elogiado por todos que provaram. Desta forma, o projeto vai ajudando a rede a evoluir e os alunos a compreenderem a importância de uma alimentação saudável como componente de seu desenvolvimento educacional.